quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Kamikase....


rapaz, sei não a quem esse menino puxou. Ao pai não foi, porque esse, é frouxinho e vive com medo de pequenos acidentes caseiros. Uma de suas palavras preferidas é "cuidado". A mim, bem... não faz muito meu perfil sair loucona desembestada, sem medo de nada... sou menos cautelosa que o meu respectivo, mas nem por isso super-mega-desencanada.

tsc tsc... o menino, bom... esse sei não. Ficou em pé antes de aprender a sentar. Marmota. Deixei ele dormindo, deitadinho, na boa, no auge dos seus seis meses. De madrugada ele acordou e quando eu vi estava lá, tesinho... se sacudindo, pedindo ajuda.
Acendi a luz, assustada e juro que durante alguns segundos me deu foi medo. Não era tempo ainda. Dormi achando aquilo esquisitíssimo.

Dia seguinte, internet. Site de desenvolvimento de bebês. Meu filho era normal?? Bom, segundo o site era para ele estar aprendendo a sentar. Nada ainda. Mas em pé, ponto. A pediatra disse: ensine ele a sentar, seu filho está queimando etapas. Bufo!!!

Tentei muito. Juro. Ele só ficava com raiva. Queria era passear pelo bercinho eem pé. Mané ficar sentado o que? Pois pronto. Acho que bem um mês depois que ele sentou. Dadas as quedas lógico. Cansou de cair loucão e começou a cair sentado. Demourou mais rolou.

Agora inventou de querer andar. Ops. Andar não, correr... kamikase. O mundo é dele e só pode ser todinho acolchoado e de tela, que nem o cercado. E num tem o que se faça... E vai tentando, cambaleando, bebinho, trocando as pernas... mas quando desenbesta... corre o quanto pode. Não é muito ainda, mas é o que consegue e eu acho lindo. As vezes fica com preguiça e só quer engatinhar. Fico tentando levantar e ele só de sacanagem vai amolecendo as pernas pra ficar no chão.

Cheio de vontades, de beicinhos, de preguiça. Ele está um bebê curioso e inteligente. Diz quando não quer comer algo, dá tchauzinho, manda beijo, fala mamãe e neném, e ensaia falar "Titi" pro Tio Leo quando chegar em Fusta. E mais, muito mais.

Sou ridícula. Mas desde a gravidez falei que seria... fico mostrando fotos dele incansavelmente, falo falo falo falo...

Mas é assim mesmo. Sou mãe, o bicho mais imparcial que existe. E falando nisso, não sou uma mãe qualquer, sou a mamãe do Davi, do feijão, do piva mais lindo do mundo...

não me julguem... entendo se o seu for o mais lindo do mundo pra você.

Fábula da Coruja né... estou para conhecer um pai que não corresponda.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Natalício...

Tenho pouco a dizer sobre o dia 19 em si. Segundo me contaram, houve um brinde no Arlindo, depois outro na Farra na Casa Alheia, cheio de gente legal e querida. Tenho pra mim o meu aniversário comemorado pelo povo do lado de lá “deu de pau” no meu daqui.

Destaque para minha escova e meus cabelos estranhamente, novamente, lisinhos. Curti. Mas nada que uma águinha não resolva em segundos.

E para umas florzinhas rosas bem bonitas.

A saída foi ruim mesmo. Num vou mentir. Mas vi algumas pessoas que eu dou “mó valor”, elas me deram um cheirinho e pronto.

Dada a frustração, meu respectivo decidiu fingir que eu tinha mais um dia de crédito para compensarmos anterior.

Fomos na Benedito de dia encontrar um pessoal. Vamos combinar, cearense é um negócio que num falta por essas bandas. Contanto os instalados e os “passantes”, somos muitos. A pobre garçonete do restaurante chileno (sem comida chilena) atordoou-se a tentar nos achar uma mesa. Coitada. Ana. Pegou logo, como diria Guga de Castro, um lamaçal de cearenses.

Rimos muito. Foi ótimo. Parecia mesmo que o dia tinha que ter sido aquele.

Fim do primeiro tempo.

Casa, banho no Davi, coloca pra dormir, nos preparamos e saímos.

Pra onde?

Pra cá --> Ruella


Olhem com calma o site. Ainda assim, não dá pra ter muito noção da tal ruelinha, da trepadeira de onze anos de idade que faz um teto natural, das gentilezas dos de lá, dos sabores, da meia luz. E esse foi meu aniversário. Pronto. Em 2007, foi dia 20 de outubro e eu adorei.

Terminamos a noite assistindo Henry e June.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

So they say...

e a vida encontra um jeito:

bia says: (3:23:50 PM)
ei guga
bh says: (3:23:56 PM)
oi
bia says: (3:23:56 PM)
tu ta aqui em sampa?
bh says: (3:23:59 PM)
to em sampa
bh says: (3:24:00 PM)
si
bia says: (3:24:02 PM)
massa
bia says: (3:24:17 PM)
quale a boa? vai tocar nas areas?
bh says: (3:24:53 PM)
amanha vai ter um lance do ceara na galeria metropole no centro estudio risco
bh says: (3:24:58 PM)
to na casa do diego
bh says: (3:27:01 PM)
vamos se ver
bh says: (3:27:06 PM)
julia ta chegando depois de amanha
bia says: (3:27:36 PM)
massa
bia says: (3:27:37 PM)
vamos sim
bia says: (3:27:42 PM)
que lance é esse?
bh says: (3:27:51 PM)
manda seu telefone
bia says: (3:27:53 PM)
não conheço essa galeria.... 
bia says: (3:27:59 PM)
38424462
bia says: (3:28:13 PM)
86007327
bh says: (3:28:18 PM)
te ligo depois
bh says: (3:28:19 PM)
bj
bia says: (3:28:25 PM)
amanha é meu aniversario
bia says: (3:28:37 PM)
ia ser massa comemorar com teu som
bia says: (3:28:41 PM)
me dá um toque
bh says: (3:29:20 PM)
vai ser um lamaçal de cearense
bia says: (3:29:55 PM)
bom é assim

Arlindo's way of life


é sempre assim, onde se vai, pode ser no Brasil, na caixa prego, a fidelidade ao ARLINDO não muda. Não ao Arlindo, nosso querido amigo índio, que a esse devemos só sorrisos e conversinhas em cantos de mesa, mas ao antro... esse sim, esse exige atenção, fidelidade, saudade. Estamos aqui, instalados na capital brasileira do concreto, em busca da mesma identidade , em busca de uma substituição mediocre, porém necessária, para o que não se pode ter, ao menos não aqui. Na busca desesperada pelo nosso Arlindo, nós, meninos, meninas, cearences, arquitetos, publicitarios, produtores, pseudos-fashionistas-artistas-cinéfilos-cult-sujinhos da uece, vamos quicando, dum canto pra outro... aí surge alguém lá na Zona Oeste que diz, achei nosso Arlindo. Outro na Zona Sul que diz, o Arlindo é aqui.... mas entendamos uma coisa, não pode ser qualquer coisa, ter qualquer estética. Temos que ser fiéis às raízes, à cor verde água da parede, às mesinhas na calçada, à não frescura, à cerveja de 600 ml, ao Tiago e à Adriana... (me recuso a ser fiel à comida, vamos combinar que nesse quesito, antes de ir é melhor bater o centro em casa).

Ele jurava que o tal do ZG era o Arlindo daqui. De fato, as paredes combinavam. Tinha mesa na calçada, ponto. A comida era ótima. Massa. Os garçons até tentavam ser simpáticos. Não se comparam à gentileza da Adriana que sempre me esperava fazer xixi na porta do banheiro, "pastorando", já que nunca tem trava. Mas tinham uns detalhes incompatíveis, as contas davam caríssimas, coisa de 80 reais um casal por noite (casal como nós, nada econômicos no quesito cerveja) e os garçons começaram a dar umas enroladas, cobrar a mais. Foi a gota, rolou o final do namoro com o ZG.


Aí acharam o Cardoso. Vantagens? Perto de casa, mesa na calçada, comida boa, cerveja gelada num preço razoável (barato mesmo, só mudando de cidade, vamos combinar). Desvantagens? A birosca fecha às 22h!!! Dá pra acreditar??? 22h?? Absurdo. Num dá nem pra ter sono. E não são nada políticos, ninguém pede a conta, mas eles entregam mesmo assim. Ontem ainda era 21:40 quando pararam de servir a cerveja. Tsc Tsc. Fomos para o segundo round, uma lanchonete na outra esquina que vai até mais tarde um pouco, que tem ditados e frases sem sentindo algum escritos em espelhos perto do teto, amendoim e um gerente (acho!) chamado Pelezinho que é mais branco que eu. E é isso, toda semana vamos ao Cardoso, ficamos até as dez, depois andamos um quarteirão a pé e vamos nos juntar ao Pelézinho.

Moral da história. Não tem como. Pode procurar, "caçar" bem direitinho como diria a Bela, que você não vai achar. E quem disse que é as mil maravilhas? Eu num disse. O banheiro é uma merda, nunca tem papel, nem trava a porta, a comida é cara e ruim, mas enfim... é lá, só lá que um bar é ao mesmo tempo ponto de encontro e casa. Um lugar onde todo mundo me conhece, se conhece. Onde o staff conhece meu filho, pergunta por ele, me dá atenção, me manda ir embora quando está tarde, me pede pra ficar mais um pouco quando está cedo. é só lá que você pode sentar em no mínimo três mesas diferentes de bons amigos.

Eu não sou nada deslumbrada com São Paulo, mas não sou injusta. Aqui tem tudo, muitas, infinitas vezes, melhor do que em Fusta. Confesso. O post de dois dias atrás prova isso. Bares vagabundos aqui, são melhores do que os mais impressionantes lá, mas... quer saber? quer mesmo saber??


Foda-se. Trocava tudo pelo Arlindo. Juro. Do jeitinho que é. Não precisava nem rolar melhorias... Mas tinha que ter o pacote completo. Tinha que vir com Samba, com chorinho, com a Elite, com a farofa e as mesas com suas respectivas pessoas.

Ai você diz. Minha filha não quer nada né?

Quero sim... tudo que eu tenho direito. Daí a ter são outros quinhentos.

é que amanhã é dia 19 de outubro. E tudo o que eu queria era marcar lá e receber um monte de beijo e de abraço das pessoas mais queridas do mundo. Sem enxame, sem forçar nada, indo no óbvio. Sem precicar dizer onde é, nem que horas, nem pegar o Guia para chegar. Sem se perder, sem trânsito, sem Avenida Bandeirantes. Tudo como tinha que ser, simples, natural e caseiro.

Perfeito.


Nada não, jajá eu chego.


***

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Playing Music




"Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz"

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Ô semana boa danada...

E foi segunda-feira passada que chegou a trupe. Abri o portão e as moças, tão recatadas, encontravam-se aos berros e pulos no meio da rua:

- “ UH VAMO INVADIR! UH VAMO INVADIR!”

Os meninos vinham logo atrás atarefados com as “pequenas” valises de suas respectivas. Pobres coitados, mal sabiam que a Paulicéia Desvairada ia pregar-lhes uma peça. Não esfriou nenhum diazinho, nenhum mesmo. No máximo uns 20 graus à noite. Maldade com as meninas que trouxeram, segundo Alex, quatro quarda-roupas, Inverno-Dia, Inverno-Noite, Verão-Dia, Verão-Noite. Maldade mesmo, não foi o fato de não ter esfriado durante a semana inteira, foi o fato de ter esfriado duas horas depois que se foram e ter continuado com as temperaturas baixas desde então. Tsc tsc... sacanagem.

Invadiram “di cum força”. E eu achei a melhor coisa. As meninas, empolgadíssimas, se abancaram logo no chão e mal se agüentavam de tanta ansiedade em botar pra fora os milhares de presentes que trouxeram. Uma atenção demasiada, porém linda. Das lembrancinhas do casamento, aos litros de cachaça, vi o imenso amor deles em cada item e isso me encheu de felicidade.

E passeamos tanto. Aqui nem parecia tão cinza quando a gente tava junto. Pelo contrario... era até tudo colorido por demais. E hilário... uma comédia. A gente ria o tempo todo. Nos permitimos ser bobinhos e enxamistas. E daí? Como diria a Deubia: “Num sou daqui, num vim pra ficar.”

E a agenda foi:

segunda-feira:
Mercearia São Pedro

terça-feira: Compras na Augusta
Almoço no DOM
Livraria Cultura
Chope dobrado no Seo Gomes
quarta-feira: Shopping 25 e 25 de março General
Salve Jorge
quinta-feira:
Mercado Municipal
Pinacoteca
Museu da Língua Portuguesa
Masp
Bar Opção
Bar São Cristóvão
Padoca na Vila Madalena
(quinta foi um dia longo)
sexta-feira: rolou uma separação no período matutino
Deubia e Alex retornaram ao centro para mais umas comprinhas na Galeria Pagé
Mari e Saulo foram ao Memorial da América Latina
Depois encontram-se no Parque do Ibirapuera e por lá almoçaram
à noite foram ao show da Teresa Cristina na Liberdade e depois ganharam o mundo.
Sábado: feirinha da Liberdade
e na da Benedito Calixto

aí depois dessa bateria de eventos, foram-se... voltaram para Fusta me deixando cheia de saudades e lembranças ótimas.

Aí vai um pequeno ranking dos melhores (na minha opinião):

Melhor aquisição: Rádio do Saulo
Melhor comida: DOM, lógico. Nem pelo arroz com feijão só, mas pelo “tudibom” do Alex Atalla.
Melhor bebida: Original, off course.
Melhor bar: Mercearia São Pedro
Melhor lanche: Pastel de Bacalhau do Mercadão
Melhor tira-gosto: Alheira do São Cristóvão
Melhor GPS imbutido, pra não dizer o único: Mari Tamas
Melhor programa: Mercadão e Museu da Língua Portuguesa (empatados)
Melhor livro do banheiro: Aline – Tensão Pré-monstrual
Melhor frase de outrem: “Não cabe um cozinheiro na mala de vocês?” – Alex Atalla para a comitiva ceariba.
Melhor frase de outrem 2: “Vocês não conhecem a Patrícia que casou um dia desses?” – taxista Raimundo Nonato, cearense, enturmadíssimo, mostrando todo seu conhecimento sobre a sociedade alencarina.
Melhor frase de outrem 3: “Tem lolinho, lolinho plimavela flito ou na sapa.” – uma mocinha oriental de Deus sabe onde nos mostrando a variedade de seu cardápio.
Melhor frase da comitiva: “Num foi bem isso que você disse hoje de manhã”. – Alex Mourão sendo indiscreto sobre sua Lua-de-mel quando sua noiva tentou demonstrar um certo desdém com sua figura.
Melhor frase da comitiva2: “Não gente, eu agradeço mas...”. – eu tentando agradecer a gentileza dos hospedes em me pagaram o almoço no DOM, mas a frase perturbou mais do que serviu de gratidão e acompanhou todo nosso período juntos.

Teve mais... muito mais, é que eu sofro de perda de memória recente. Sou ver a Dory. Vou pedir ajuda aos comparsas e continuar num outro post...

saudades... de tudo!

***


- Davi, meu filho é quetinho, é??

***



Eu Vou Torcer
Jorge Ben Jor

Eu vou torcer pela paz
Pela alegria, pelo amor
Pelas moças bonitas
Eu vou torcer, eu vou

Pelo inverno, pelo sorriso
Pela primavera, pela namorada
Pelo verão, pelo céu azul
Pelo outono, pela dignidade
Pelo verde lindo desse mar
Pelas moças bonitas
eu vou torcer, eu vou

Eu vou torcer pela paz
Pela alegria, pelo amor
Pelas moças bonitas
Eu vou torcer, eu vou

Pelas coisas úteis que se pode comprar
Com dez cruzeiros
Pelo bem estar, pela compreensão
Pela agricultura celeste, pelo coração
Pelo jardim da cidade, pela sugestão
Pelo Santo Tomás de Aquino
Pelo meu irmão
Pelo Gato Barbieri,
Pelo mengão
Pelo meu amigo que sofre do coração

Pelas moças bonitas
Eu vou torcer, eu vou
Eu vou torcer
ela paz
Pela alegria, pelo amor


Pelas moças bonitas
Eu vou torcer, eu vou
Pelas dondocas bonitas
Eu vou torcer, eu vou.